terça-feira, 4 de dezembro de 2007

A moda que dá trabalho

Por Nataly Costa

É sempre interessante pensar que a roupa que você veste nada mais é do que o elemento final de uma cadeia produtiva, formada por dezenas, centenas de pessoas que trabalham incessantemente para fazer funcionar a indústria da moda.

Em Pernambuco, o município de Toritama é um exemplo de como a moda pode ser a força motriz de toda uma economia. Lá, quase 100% das pessoas trabalham direta ou indiretamente na produção têxtil, mais especificamente na fabricação do jeans. Desde o corte, costura, apliques, acabamento, tintura, lavagem até a venda, todas as etapas da confecção do jeans empregam a mão-de-obra local. Para conferir um pouco desse esforço, vale a pena uma visita ao Parque das Feiras de Toritama, um grande shopping popular onde se encontra uma grande variedade de roupas a preços bastante convidativos.

Além de Toritama, Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe integram o chamado Pólo de Confecções do Agreste. De acordo com estatísticas de 2004, essa região é responsável pela produção de 73% do que se veste em Pernambuco em um ano. Além disso, o PIB (Produto Interno Bruto) do “triângulo têxtil” cresce mais do que o PIB nacional. Mas o maior resultado de toda essa revolução econômica proporcionada pela moda são os índices sociais: a criminalidade em Toritama chega perto de zero, bem como a taxa de desemprego no município. Para não serem jogados no mercado de trabalho aleatoriamente, os jovens recém-saídos da escola também encontram oportunidade de se preparar em cursos profissionalizantes de produção têxtil. Isso significa dizer que, além de trabalho, Toritama também oferece mão-de-obra qualificada para suas indústrias, que exportam seu precioso jeans para todo o país.

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